"Sim, senhor, tudo o que queira, mas são as palavras as que cantam, as que sobem e baixam. Prosterno-me diante delas. Amo-as, uno-me a elas, persigo-as, mordo-as, derreto-as. Amo tanto as palavras. As inesperadas." P. Neruda.




quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Além de aqui








Adoro a maneira
como desadivinhas meu corpo
na ponta dos dedos.

Mosaicos recônditos
serpenteados por tuas mãos.

Tuas digitais entretanto
vão se desenhando em mim
por caminhos abstratos,
ironicamente os quais,
somente com os dedos,
não tocas.
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