"Sim, senhor, tudo o que queira, mas são as palavras as que cantam, as que sobem e baixam. Prosterno-me diante delas. Amo-as, uno-me a elas, persigo-as, mordo-as, derreto-as. Amo tanto as palavras. As inesperadas." P. Neruda.




terça-feira, 27 de julho de 2010


Congonhas




Ladeira vista do alto,

Profetas me fitam.

Inteiros corações de pedra-mole-sabão

insígnias da mais alta conta

séculos de história e paixão.

Eu, sem bússola ou esfera armilar

sem papiro

nem baleia de estômago climatizado.


Olhos inquisidores:

“Com o que sonhas, mera mortal?”


Digam vocês.

 
 

3 comentários:

J.F. de Souza disse...

Mulher... Mas isso tá PERFEITO!!! =D

Adorando isso aqui... =)

=*

Alex Pinheiro disse...

Belíssimo tour,,, em todos os sentidos o/

Conhecendo só agora esse novo cantinho. Parabéns!

Bjs e turísticas invenções!

Idem disse...

Estranho isso.
Você sempre diz o que eu gostaria de ter dito. Sentindo, portanto, o que eu sinto e não consigo transformar em palavras, possivelmente por não ter a poesia nas veias. Aliás, a forma como você transforma em palavras as vontades que não sabe traduzir (roaming) parecem ter sido as minhas.
Ô menina.
E não é que a gente quase se encontra em Congonhas?! Estive lá na semana passada. Profetas quase conseguiram...ou não.