"Sim, senhor, tudo o que queira, mas são as palavras as que cantam, as que sobem e baixam. Prosterno-me diante delas. Amo-as, uno-me a elas, persigo-as, mordo-as, derreto-as. Amo tanto as palavras. As inesperadas." P. Neruda.




segunda-feira, 28 de junho de 2010



[in]parcimônia





Falar demais

Sentir demais

Criticar de menos

Aceitar demais

Conhecer demais

Conhecer de menos

Amoldar-se menos

Contemplar mais

Menos pensar

Não menosprezar

Prezar demais

Muito pouco da coisa escapa.

Tudo que vem abarca a demasia.



O amor tem dessas

destemperanças.




3 comentários:

J.F. de Souza disse...

Eu já acho que a Paixão tem dessas...
O Amor não.

Mas... Sei lá... =P
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não posso represar
dentro de mim
o calor dessa chama
que me queima

sou condenado a escolher:
deixar que o fogo me consuma
até que eu seja só
cinzas
ou
que se apague a chama
antes que vire
incêndio
----------------------------------

=*

Anônimo disse...

Gostei da tua peculiar visão das destemperanças do amor...

Abraços
Líria

Remo Saraiva disse...

Gostei do poema e do novo "espaço", Luzzsh!!

Voltei a atualizar meu bloguinho e dei cara nova nele tb!!

Bjs,
REMO.