"Sim, senhor, tudo o que queira, mas são as palavras as que cantam, as que sobem e baixam. Prosterno-me diante delas. Amo-as, uno-me a elas, persigo-as, mordo-as, derreto-as. Amo tanto as palavras. As inesperadas." P. Neruda.




quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

O círculo







A vida é uma só.
Nós, somos mais.
O plural nos conhece
nos espreita e confia
somos término, linha e aurora.
Acabamos e renascemos
carregando a triste sina de esquecer.
Outras vezes a triste sina de lembrar.
Nascemos da nossa quimera
do olhar do nosso irmão
do bem e do mal que fazemos.
Partimos
Deixamos
Seguimos


Continuamos.


Estamos a caminho de casa
esculpir o peito dói e dá prazer
somos o que ousamos.


O olhar sobre a lâmina em riste
somos nosso medo
e a sabedoria que levamos.


Somos eternos renascentes
Não estamos no fim
Não estamos no começo.


Somos um ciclo temporário.


Um comentário:

Anônimo disse...

Temporário...como o voo do beija-flor, que em algum momento encontra repouso...o infinito finito em si.