Adoraria morar no deserto.
Lugar sem paredes, sem muros...
(sem energia elétrica também.
E que eu, que sou vaga-lume,
não imagino a minha vida sem.)
A luz que me habita,
vezenquando alumia léguas
noutras escurece trevas
ambientes amplos,
de qualquer tamanho
a qualquer distância.
Por que sou humana
minha luz oscila e,
mesmo quando negra,
não me nego:
sou eu ainda, escurecida.
Adoraria morar no deserto.
Mas a luz que me habita não é minha
e quando ela sai, tenho medo
da mesma solidão que outrora
me faz tão bem companhia.
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