"Sim, senhor, tudo o que queira, mas são as palavras as que cantam, as que sobem e baixam. Prosterno-me diante delas. Amo-as, uno-me a elas, persigo-as, mordo-as, derreto-as. Amo tanto as palavras. As inesperadas." P. Neruda.




segunda-feira, 10 de maio de 2010

Incauta




Por você corro todo o risco.

Corro-o inteiro, de ponta a ponta.

De maneira pueril e afoita

Desde que a lua não passe

Teu calor não tarde

E a tal linha-risco-rabisco

Seja sempre

Mais doce que simétrica

Mais cor que esse azul

Mais infinita que o perigo de amar.



2 comentários:

José Rosa (ZeRo S/A) disse...

Belo poema.

J.F. de Souza disse...

segmento de reta
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e
por um instante muito breve
o tempo parou
como se o mesmo deixasse de existir

por um instante muito breve
em minha vida
efêmera
um
pedaço de infinito