Tempo é verniz.
Camada que protege da luz,da incidência d’água
do calor excessivo.
Às vezes, é cura completa.
Noutras, apenas anestesia.
Pode também ser causa,
a própria doença.
(Como telefones que não tocam).
Tempo é água em que se diluem
a mágoa, o tédio, a memória.
É pedra na qual se esculpem
flores, animais, objetos inanimados.
Tempo é miopia protetora.
Pode também ser lupa poderosa.
De tempos em tempos subvertida
já me vi budista, gótica, fã da Shakira, comunista, controller, puta, santa, quase conformada.
(Hoje ouço Nina Simone).
O tempo não é relativo.
Nós é que somos.
2 comentários:
Tudo perfeito. Que bom vc de volta...
poderia dizer que o tempo é subjetivo.
mas
tudo que é subjetivo
somos nós
Postar um comentário