"Sim, senhor, tudo o que queira, mas são as palavras as que cantam, as que sobem e baixam. Prosterno-me diante delas. Amo-as, uno-me a elas, persigo-as, mordo-as, derreto-as. Amo tanto as palavras. As inesperadas." P. Neruda.




quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Infinito






Procuro-me há anos

Ando em círculos

Arranco, atravesso.

Viajo distâncias intergalácticas

de esquina a esquina.

Descanso, me atraso

Daqui já não me vejo mais.

Torno a me olhar no espelho

há então outro semblante

mais calmo, sereno.

Um rosto novo a me contar

que o meu começo é em mim.

O fim não.

E, por isso, continuo.

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